
BEM-VINDO, 2023!
O novo ano está mesmo aí à porta e nós, por aqui, aproveitamos para entrar pela janela (“é mais divertido: portanto é mais útil”, nas palavras de Gianni Rodari) para dar espaço à memória.
No ano em que celebrámos dez anos de criação artística focada nas crianças e famílias, abrimos espaço ao desafio, à aventura. O Som do Algodão e a Marulhada, Associação Cultural agitaram-se para criar novas geografias para a palavra no corpo. Abrimos a palavra ao gesto com o espetáculo O POEMA SÓ EXISTE NO ESPAÇO ONDE HÁ LUZ. Apoiado pelo Ministério da Cultura-Garantir Cultura, “O Poema só existe no espaço onde há luz” estreou no Grande Auditório do Fórum Maia entre amigos e muitos abraços. Deixámos o poema à solta na rua, numa estrada de papel. E as palavras emaranharam-se no corpo, nos outros, entre nós. Ficam as mãos, todos os corpos, ouvidos e olhares que derem vida a esta aventura poética com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. À Cláudia Rubim, à Ana, à Lília, ao Paulo Brites, à Vanessa, ao Paulo Pinto, ao Miguel Santos, à Teresa , à Gina, à Cláudia Ribeiro, ao Miguel Azevedo, ao João, à Neusa e ao Jorge Pinto.
2022 foi, também o ano em que Jorge Parente, a convite da Marulhada, Associação Cultural, trouxe a sua oficina Voz e Corpo pela primeira vez até ao Porto. A partir do “Alfabeto do Corpo”, criado por Zygmunt Molik, moldamos um espaço novo para a voz e para o corpo. Obrigada a todos os que se juntaram a esta viagem de partilha e à EDD-Escola Domus Dança por todo o cuidado e carinho.
Foi ainda o ano de novas histórias, festivais em que a palavra juntou gente, livros e vontades inteiras. Espaço de reencontros, novos amigos e muitos companheiros de viagem. Foi tempo de voltar à ilha. À nossa. Ao Pico, na companhia do Terry Costa e do Azores Birdwatching Arts Festival.
O Som do Algodão
O Som do Algodão escreve-se no feminino. Duas mulheres, uma narradora e uma música, que exploram as potencialidades de dois corpos num único palco, encontrando novas formas de partilhar a arte, a plasticidade da palavra e a exploração sonora com bebés, crianças e famílias.
Criado em 2012, O Som do Algodão junta histórias e música, corpo e palavra. Gente grande e pequena para gestos que não têm idade. Trabalhamos as palavras, misturamos sons, música, intervimos com o corpo. Usamos as palavras sem meias medidas. Porque as palavras são para isso mesmo. E para abusar, de preferência.
Marulhada, Associação Cultural
A Marulhada, Associação Cultural, fundada a 21 de janeiro de 2016, tem desenvolvido um trabalho artístico contínuo focado essencialmente na performance, na palavra e na exploração sonora, assumindo-se como o ninho criativo que alberga O Som do Algodão. A Marulhada, AC integra ainda outros projetos paralelos nas áreas da performance poética, formação para crianças e adultos, formação contínua para professores e educadores e dança criativa Estrutura apoiada pela República Portuguesa – Ministério da Cultura.

CRÉDITOS FOTOGRÁFICOS: Alexandre Lourenço, Alexandre Rodrigues, Diogo Rola, Guilherme Costa Oliveira, inezcortezphotography, João Vasco, Nelson D’Aires, Paulo Pinto, Pedro Correia, Pedro Ferreira, Pedro Moreira, Rui Eduardo Botas, Sofia Rolo, Teresa Oliveira, Teresa Pacheco Miranda